(Consuma o inconsumível)
Ao fuzil uma dedicatoria; todos os resíduos
Que lhe afagam a face
Faça do conformismo tua repulsão e vômito
Não se deixe a deriva da mão opressora
Oprimido, não se faça
Se faça gigante ideológico
Mas não agregue a falsa democracia
Aos dogmas apostólicos
Que lhe pesam a curvatura
Inflamação cerebral que me extingue da cadeia alimentar
Somos predadores cuja a fome não cessa
Pois nossa fome é de liberdade
Portanto devore as barreiras
Faça digestão aos muros que te encubam
E engula os vestígios das analogias sociais
Tenha ao menos uma indigestão
E ao estomago lamento
Pois nem ele tem acido o suficiente para tal
Que me venha os minutos epifanicos
Trazendo no fardo do inexplorável
Os tão desejáveis frenesis
Me tornando digressivo e inacabável
Divina eclosão, que me domina a garganta
E me concebe então o dom da voz
Portanto grito!
Logo existo.
Resista, insista, reflita ou então se submeta
Es um ser livre para viver ou ter de sobreviver
Não dedico meus versos ao pré-destinado
Me dedico ao indeterminável
Sou de fato, fruto do acaso
E meu único itinerário
E gastar da vida.
Guilherme Radonni
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