quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Para a parte de mim esquecida no tempo.



Vontade de romper com tudo aquilo
Que convém aos olhos da normalidade
Só para ver de novo o vão que existe
Entre uma coisa e outra
E achar o que estava perdido
No meio do caos, no silêncio da sombra
E ainda sim de tão belo, me fazer rir e chorar
Quando foi que deixei de te amar?
E me esqueci que também sou feito
De carne e osso,
De sangue e lágrima
De dor e amor
Passamos tanto tempo da vida
Correndo atras de nós mesmos
Até cansarmos e percebemos
Que estávamos ali o tempo todo
Misturados com sonhos e anseios
Amores e medos
Memórias e esquecimentos
Hoje me lembro,
Daquilo que ninguém quer lembrar
E abraço minha própria sombra
Com a luz que vem do mesmo lugar
Tão fundo quanto o que bate no peito
E se cala pra me fazer escutar
Tua voz que esta em mim
E em todo lugar.
Guiel

Para os amores que ainda não amei


É tanto amor que não cabe no peito
Transborda e vaza
Em todas as direções
E ainda sim, sem destino
Pois a verdade é que o amor
Nunca sai do lugar,
Esta sempre no centro,
No meio do peito
Onde mora todos os amores
Do passado ou do futuro
Na eternidade do presente
No vazio do ausente
Na flor e na semente
Que me ensina a regar
O meu próprio jardim
Só para relembrar a beleza do mundo
E depois espalhar
Para aqueles que se esqueceram.
E ainda sim continuam amando
Pois afinal para que serve o coração?
Se não for para amar.
Guiel.