quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Supremo Som

Que o júbilo desabrochar do dia

Assobie sobre os ouvidos da mãe terra

O intocável supra-som do universo

O incessante ritmo que impulsiona a vida

E faz dançar o ciclo do novo e do velho.

.

Canto forte, canto firmado

Canto a St. Germain, Sananda e a Kuan Yin

Canto e rogo ao som da vida

Que teu mantra desperte em mim.
.

Tudo o que é vivo em seu interior canta

Pois sonoridade nos pulsa nas veias

Basta abrirmos os ouvidos

Para contemplar tanta beleza.
.

Brota o vento soprando o seu canto

Que no mar reverbera, com ondas e espumas

Dançam as arvores com galhos e folhas

Inspirando os pássaros a cantar nas ruas.
.

Canto forte, canto firmado

Canto a Oxumaré, Ganesha e a Brahma

Canto e rogo ao som do universo

Que teu mantra me expanda.

.

De som supremo fez-se a onda

Que navegando ancorou em mim

Nos tímpanos ecoou vibrante

Harmonizando o princípio e o fim.

.

Que a musica seja como um manto

A afastar toda dissonância

Protegendo a sagrada luz

No mar da bem-aventurança.

.

Canto forte, canto firmado

Canto a Shiva, Oxum e a Buda

Canto e rogo ao som do infinito

Que teu mantra me evolua.


Guilherme Radonni.

domingo, 13 de novembro de 2011

Intrapúrpura
























Chamo a chama violeta
Chama, chama violeta

Invoca a força deste canto

Transforma-me purificando.

Radia o que não for de luz

Harmoniza o fluxo que conduz

Fluência da chama violeta

Chama, chama violeta.

-

Chamo a chama santa

Violeta chama,

Transmutando inflama

Todo tom de cor insana.


Em todos os eixos e graus

Eleva a ascensão do astral

Penetra na raiz divina

Aflora e colore vossa vida.

Seccionai gama vibracional

Metamorfose ultra-fractal

Ecoando de Alfa e Ômega

Violeta chama se expanda.

-

Chamo a chama santa

Violeta chama,

Sacraliza o Prāna

Dentros das entranhas.


Guilherme Radonni



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Irradiação.

Despertar de um sono que não se dormiu
Desabrochar os olhos que continuam fechados
Bloqueando o radiar da luz suprema
Que não pode guiar o caminho dos sonâmbulos
Que hipnotizados pela jactância individualista
(Desfruto contaminado do ego humanóide)
Não podem enxergar a saga transcendental que os espera
(Ser) humano, não é constituir-se de um aparelho biológico
Mas sim existir em toda as camadas de expansão do seu ser
Que o possibilita se conectar á todos os seres
Formando um único e completo ser.
Caso contrario, é só a carcaça de um humano
Que prefiro chamar de humanóide
Pois só se parece em sua forma,
Uma vez que se esqueceu da sua real essência interior
O amor, e não digo o amor á isso ou aquilo
Mas sim o puro sentimento de amar a existência de todas as
coisas.
E com esse amor, invoco o canto de todos os cantos
Para acordar com voz serena
A divina percepção dos seres
Que sensorialmente se sincronizem
A órbita do espaço sagrado,
Fazendo da vida mundana
Uma eterna dança dos deuses.

(Aos humanóides sonâmbulos, que seguem dormindo sem vivenciar
o supremo).

Guilherme Radonni

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Poema de adoração ao eclipse lunático-solar.








Saudação ao Sol e a Lua!


Era como fazer fotossíntese

Deixando a luz embriagar todos os poros da pele,

E causar a rubra febre que chamamos de amor

Elevação de existência

Já não se existe mais sem um motivo

Porque o amor regula o mundo

Nos põe no eixo do sistema solar

Na eterna fonte de luz, que alumia nosso ventre
E mesmo tardio , no negro da noite
Reflete teu brilho nos olhos translúcidos

Dos que condensam a Lua no fundo da mente

De brilho sereno do astro satélite

Que brilha profundo no espaço pungente.

Amar, como se ama o sol
Amando o sol de cada um

Só amando, amar o sol

O sol que a cada um conduz
E mesmo tardio, no negro da noite
Amar, como se ama a lua
Amando a lua de cada um
Lua amando, amar a lua
A lua que a cada um conduz
Saúdo com amor cósmico que transborda
Do Eu Sou que eu sou
O eclipse da transformação do alinhamento
Que irradia o dia e alumia a noite
O encontro dos Astros que nos marcam o tempo
Fenômeno de divino candor
O Sol e a Lua do firmamento!

Aos astros, rogo que nos faça amar o eclipse das coisas

Buscar o encontro de si com o outro
E num fenômeno quase cósmico

Ser um feito de dois.

Assim como a sincrônica interconexão planetária

Amar a órbita, amar a gravidade,

Amar a lei da atração dos astros

Amando o cosmo, amando o todo

Amando homem, mulher e animal

Amando minério, amando as águas

Amando fogo, ar e o reino vegetal.

Sol é Lua. Lua é Sol

Santo o eclipse lunático-solar
Cobrindo o céu do infinito

Irradiando de luz e amor

O precioso diamante cardíaco.

Guilherme Radonni.



Pulso imagético xamânico.




domingo, 6 de novembro de 2011

.../\.../\...P...U...L...S.../\...N...D...O.../\...


Pulso, cadencia ressonante que ecoa no espaço

Como o à valsa dos índios que marcham em volta do fogo

Elemento de transmutação

Que evoca a luz do próprio ato de pulsar

Retumbando o pulsar que existe em todas as coisas

E toda a coisa pulsante torna-se unicamente pulso



Fogo, impulso de alumiar com tua chama pulsátil

O pulso dos corpos que dançam pungentes

Sagrado são os pulsos que guardam nas veias

A pulsante seiva divina que pulsa na gente

Pulsando o sangue que corre no pulso

Reverberando pulsão no coração e na mente.



Que as luzes pulsem no pulsar do pensamento

Impulsionando organicamente o pulso

Da fluência, do espaço e do tempo

Sincroniza fogo com pulsar de dentro

Impulsionando-me de volta ao pulso

Que impulsiona os astros do firmamento.


Guilherme Radonni.


O espaço entre dois astros e o cometa tétrico

Naquela noite em que as estrelas furavam o céu
E a transparência dos meus olhos refletiam a brancura da lua
Metaforizando-me como um corpo transluzente
E me unindo em sincronia a valsa interplanetária,
Pude sentir o que era etérico transbordando de mim
Esvaziando meu corpo, trocando de órbita... e nessa transfusão,
Descobri um vácuo do tamanho de um grão
Uma lacuna estreita, onde um meteoro me atropelou sem eufemismo
Deixando de herança o seu rastro flamejante
Fincado no espaço do meu próprio espaço.
Acho que no exato instante,
Fui o mais triste que já consegui ser
E não por estar sendo mutilado por um astro
Mas por descobrir em meu próprio vácuo
A distância que sinto de você
Logo de você, que nunca nem vi
Que nunca apertei na dança de meus braços
Não sei como é, e nem como canta
Nem sei que cheiro tem,
Quando descansa sobre a sombra
Mesmo assim te tenho em mim
Como a certeza que rege a gravidade
Esperando que a lei da atração
Me leve para perto de tua particularidade.

(Para um planeta [não] tão distante).

Guilherme Radonni.

Poema de Obséquio aos (Pingos) de (Cores) que (Ventam) na (Aura).

Pingos,

Que despencam do branco do céu

Lavem com cor, o que é mancha da alma

Mancha que carbura, e se transmuta em cinzas

Cinzas que o tempo, desgasta á poeira

E o que é poeira...O tempo arrasta quando venta.

Vento,

Que surge continuo da curva do mundo

Arrasta de mim

O que é poeira já morta

Para só o que for vivo

Radiar a minha aura.


Aura,

Que guarda em transparência os tons do sentir

Que estampa á sete cores o interior de ti

Eleva a memória e preserva o que for luz

Desalenta o caminho do caos

E com cores me conduz.

Cores,

Que pintam os riscos dos quadros da vida

Que refletem nos olhos,

O encanto das retinas

Formem mosaicos, mandalas e trilhas
Enquadre espirais...colorindo o meu dia

Guilherme Radonni.


Girando


A espiral que lavou a poeira cósmica
Que havia em minha carcaça
Seguiu girando pelo espaço sem fim
Criando um redemoinho de liquido etéreo
E condensando sua extremidade na superfície da terra
Em que minhas raízes se cravavam,
Quase que magneticamente.
Naquele instante, fui matéria transmutada
Fui Ar que sustenta Fogo
Chama que ilumina Terra
Jarro de barro que chora Água
E corre buscando mar e floresta.
Talvez o tempo estivesse inerte
E nessa inércia o peso da existência
Gravitando no abismo do meu pensamento
Refletindo expansão de corpos celestes
E me equilibrando sincronicamente no fluxo do eixo.
Salve a espiral!


Guilherme Radonni

Cidade

Carcaça vertical de concreto
Que cobre o vão do céu
Com vidraças velozes
E derrama teus cacos nos olhos do tráfego
Sujando de cinza o que antes era cor
Espreitando a via e o fluxo
Para o velho descompasso
De pés que se cruzam e nunca se encontram.
E dessa ordem ao contrario
Deturpação sonora
Ecoando nos sensores
Como sinfonia de ruídos.
“Alô, alô...tem alguém me escutando?”
Interferência dissonante na comunicação
Talvez sejam os pombos dançando nos fios
Ou o silêncio dos mendigos
Que dormem se inclinando nos postes.
Quem sabe estejam todos camuflados no cinza do ar,
E por isso não se notam
Como uma multipluralidade invisível
Um cardume de gente que não se vê
Chegamos então. Rua sem saída!
E se todos no labirinto de pedra
Fossem literalmente cegos?
Talvez se enxergariam...

Guilherme Maciel.