domingo, 6 de novembro de 2011

Girando


A espiral que lavou a poeira cósmica
Que havia em minha carcaça
Seguiu girando pelo espaço sem fim
Criando um redemoinho de liquido etéreo
E condensando sua extremidade na superfície da terra
Em que minhas raízes se cravavam,
Quase que magneticamente.
Naquele instante, fui matéria transmutada
Fui Ar que sustenta Fogo
Chama que ilumina Terra
Jarro de barro que chora Água
E corre buscando mar e floresta.
Talvez o tempo estivesse inerte
E nessa inércia o peso da existência
Gravitando no abismo do meu pensamento
Refletindo expansão de corpos celestes
E me equilibrando sincronicamente no fluxo do eixo.
Salve a espiral!


Guilherme Radonni

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