terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Zoom.

Girando e elevando as cores dos sete chakras
Fundindo eixo vertebral com raízes da mãe Terra
Sacraliza-se o sangue com as águas que correm
Consciência cósmica a nova era gera
.
Tem xamã marchando a valsa dos índios
Tem passaro cantando ao som do pajé

Tem fogueira no centro do circulo infinito

Tem quem cante, quem dance e quem fique de pé

.

E dança da mata, dos seres de luz,

Insetos cromáticos florescendo a esfera,

Expande espiral que a cura conduz

O amor divino que brilha na terra

.

Serpente entrelaça nos galhos quebrados

Transformando as escamas da transmutação

Ascende luz negra, luz clara violeta

Radiando a profunda e intocável escuridão

.
Tem Juramidam e o hino de Irineu

Tem beija-flor pousando no Igarapé

Tem samambaia guardando caboclo
Tem mãe d´agua odoia transbordando a maré
.
Maracá, calimba e tambor invocam a força
O sândalo vaza nas vias do ar

Purificando a órbita desta pajelança

Com a falange e o mantra chamando o luar
.
Intuitiva visão das cores indígenas espaciais

Miração tribal caleidoscópica

Transmitindo a policromia dos ancestrais

Para a sagrada íris intertelescópica.

Guilherme Radonni.













quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Amar(elo)

















Que a capacidade de amar a Terra

Seja igual à de amar

Todos os seres que estão nela

Solando com a sola dos pés

O solo sagrado da nova era

Ensolarado amarelo solar

Que irradia a primavera

Amarela tudo ao redor

Com ouro santo que desce da serra

Toda vida que se move de sol

Dança solar movimento gera

Reluzindo o brilho divino

Presente na alma e em tudo o que resta

Amar o elo do amarelo

Que do sol se expande à floresta

Amar o elo do amarelo

Do côncavo umbilical naufraga na testa

Cintilando chackra frontal

Amarelo do sol na mente desperta.

Guilherme Radonni.



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aos que estão longe de mais de si mesmo.

Que o azul cintilante
Clareie os olhos dos desacreditados
Que o veludo das nuvens
Enfeite o teto dos desterrados
Que o balanço do mar
Inunde o corpo dos contaminados
E que a firmeza da terra
Seja o eixo dos desequilibrados

Louvo todos os seres com amor cósmico cabal
Expandindo o meu sol infinitamente
Rumo ao grande sol central
Unindo todos os sois
A um único e glorioso sol

Que a tromba de Ganesha
Desate os nós dos enroscados
Que a serpente de Shiva
Enlace a transformação dos infortunados
Que os oito braços de Brahma
Segure as mãos dos que estão fracos
E que a divindade de Krishna
Alumie o coração dos desamados.

Guilherme Radonni.


domingo, 4 de dezembro de 2011

Clarão.




Que a enérgica brancura transparente
Soma suprema de todas as cores
Liberte com fluorescência a cósmica mente
Dissipando todos os rumores

De qualquer reverberação mal qualificada
Que possa intervir na evolução natural
Inspirando todos os seres á ascensão unificada
Anunciada a cima do bem e do mal

Aos quatro cantos, sem fronteira ou raia
Conecta todo o planeta ao comandante superior
Irradia o sagrado coração de Gaia
Com vosso infinito amor interior

Incendeia o fogo, alumiando o ventre
Clareia a água, regando o seco
Firma a terra, solando a sementes
Move o ar, soprando o teu vento

Que o branco dilate as pupilas da fera
Que guarda os sonâmbulos na estática ilusão
Para contemplarem o despertar da nova era
Cataclísmica passagem da renovação

Poeira estelar, despenque dançando
Da via Láctea ultra-sideral
Derrama teu brilho nos olhos mundanos
Reimplantando na terra o celestial.

Guilherme Radonni.

Cardíaco.




















Amoroso ar, que move ardente
Dentro dos pulmões do mundo
O fluxo etérico do infinito amor
Concentra a intuição onipotente
E dissolve com ar o que resta da dor
Esverdeando a torácica esmeralda
Amada por todo peito criador
Inala a cor verde da cura
Elevando a potencia de todo amor

O amor que ama amar o ar
Inspira e interioriza
A sagrada inspiração
Expira expressamente
A divina irradiação
Transpira o tântrico fôlego,
Ar que move respiração
Abrindo ao comando supremo
O precioso chakra do coração.

Guilherme Radonni

Vespertino.



















No cume do entardecer,
O céu se subdividiu em partes
Obedecendo a vontade cataclísmica do temporal
De um lado, o carmim alaranjado adormecendo o dia
Do outro, o anil turvo anunciando a noite
E eu ao meio, inclinando os olhos na fenda do tempo
Só para contemplar o cromático céu
Enfeitado pelo Divino supremo.

Guilherme Radonni.