quarta-feira, 11 de maio de 2016

Contratempo



Peço licença ao branco dos olhos de quem vê
para compartilhar cores que um dia me pintaram
Mas antes...peço perdão ao silêncio
Por acorda-lo com os ruídos que ecoam dentro da minha cabeça
E por último, peço ajuda das palavras
Para serem  mensageiras do que sinto no coração
Mesmo que seus sentidos se percam, nos labirintos dos significados
Esvaziando as confusões da mente
Num canto de desabafo
Que faz voar as asas de dentro
Para além das gaiolas de fora
Me relembrando que o infinito
É a soma de todas as coisas
E eu sou uma pequena parte
Desse grande mistério indivisível
Que de conta em conta
Multiplica a volta dos astros
Então...pra que tanta pressa
Nos ponteiros dos relógios?
Enquanto contamos as horas
Os dias. meses, anos
São os ciclos em movimento?
Ou é a mão do tempo brincando?
As vezes me canso, de correr em volta da mente
Ai me lembro de caminhar
No ritmo do coração
Mas é preciso muita presença
Para não perder o passo
Pois as vezes o coração
Também fica acelerado
Nessa hora respira fundo
Não esquece o combinado
Dance conforme a música
Pois a vida é um bailado.
Ai que alivio que já dá
Por Deus ser o maestro e o coreógrafo
Dessa louca orquestra da vida
Que move a dança de todos os passos.


Guiel.




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