sexta-feira, 1 de maio de 2009

Me vire

Preencha me em decapito
Faça me retornável e insensato
Supra minha melancolia frigida
E assombre minha solitude embrionária
Entre, sente, mas não fale
Se cale.
Palavras profanas são mumificadas
Nos gritos alheios
Deturpe os caminhos
Deteorizados no vértice das pernas
Torneadas de juventude
Juventude que planeja seu plano de fuga
E isso não te inclui, pois você não nos pertence
Pertencemos uns aos outros
Olhos indagados de vermelho
Cigarros, conhaque, e tardes verdes
Nossa insanidade nos torna lúcidos
Lúcidos de mais pra saber que a Lua é o nosso destino
Território quase virgem
Menstruamos nos dedos da sociedade interativa
Alternativa?
Já é trash, é clichê , e é comum
Incomum, são os nossos fios de cabelo
Despenteados e desdenhados
Que levam nas pontas a magoa de estarem sóbrios
Nos levem a virada
A virada de lábios, palcos e devaneios
24 horas sem dormir, não preenche nossos vazios
Precisamos abrir os olhos durante 24 anos
E ai sim seriamos velhos de mais
Pra lacrimejar sobre tudo o que é
De praxe e insolúvel
Portanto nos mate
Nos mate agora,
Pois morreríamos jovens e eternizados.

G.

Nenhum comentário:

Postar um comentário