sábado, 9 de maio de 2009

Abuse agora do disfarce.

Tudo é um modo de disfarce
Porque eu realmente não quero ver sua alma.
Não esqueça...
Antes de sair da rua,
De colocar a sua mascara diária dos anos,
Aquela com um olho só.
Aquela de nariz achatado prata.
Aquela que você faz questão de pôr em mim sem permissão.
Junta o fato do abuso com o fato do disfarce.
Mas disfarce bem antes de abusar,
Pinte-se bem antes de decolar
Porque se alguém desconfiar
Ai terá que doar sua cultura nominal.
Só repare em um alicerce desse nosso jogo...
Onde não há correntes de fronteiras verticais
Onde não há assédio de prefeitos sem cabelos.
O jeito é se furar.
Furar o rombo que há na burocracia
Furar a falha que eles sempre deixam aos velhos.
Talvez os jovens devessem ser nós
Talvez devêssemos garantir este papel,
Mas já que não há adultos frágeis e incompletos
Façamos poemas pela metade então...
Alias disfarçar em poema já é abusar do leitor.
(Tábatta Iori) 10.05

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