(na visão do eu quando velhos enlouquecidos)
Lembra?
Da nossa casa com paredes pichadas.
Lembra?
Do nosso fusca com cores desnudas.
Lembra?
Das nossas mãos dadas em dia de chuva.
Lembra?
Da nossa faculdade de lazer.
Lembra?
Do nosso mural de vergonhas.
Lembra?
Das amizades com amores de um minuto.
Lembra?
Dos nossos dezessete anos.
Lembra?
Do nosso passado sem futuros.
Lembra?
De tudo que a gente já viveu.
Hoje. Entre paredes brancas azuis,
Entre loucuras desnudas de portas,
Entre camisas estranhas de aperto.
Hoje. Com sua e a minha experiência.
Hoje. Com a minha e a sua rapidez.
Ontem. Com a nossa florescência.
Eu lembro de cada beijo dado
Eu lembro de cada beija-flor.
Paramos de parar de idolatrar,
Paramos pra cessar essa demência.
Não me arrependo de nada,
Nem de enlouquecermos.
Eu te amo mesmo assim Maciel.
Eu te quero sempre aqui meu novo eu
Loucos ou não...
No futuro distante de velhice,
No passado presente dos dezessete.
(Tábatta Iori) 06.05
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