Não! Não abro os olhos,
Pois não há motivo para tal
Sinto aquela embriagues mórbida
Estampada em minhas vísceras
Talvez seja os analgésicos, ou então os entorpecentes
Ou talvez seja apenas você
Pelos menos o que sobrou de você
Seus pedaços, guardo em meu estomago
Junto com o esperma ralo
Que tinge as paredes do teu quarto
De branco.
Paredes que se alimentam de nós
Voyers, que nos mastigam
Enquanto sussurram. Escutam
Nossos surtos de solitude e hedonismo
Me manche de pecados,
Suje minhas mãos
E limpe minha inocência
Me remova deste corpo ingrato,
Que abriga feridas desconhecidas
Que esconde o suicídio sobre a pele
E omite o homicídio entre os lençóis.
È tudo o que eu preciso, uma simples fenda
Penetrando meus pulsos,
Me fazendo pleno,
Te tornando ileso
E nos afogando em fenos.
O acido, nos leva ao Sidarta
Os fardos nos levam a Adolf
E o espelho nos leva a nós mesmos
Eu sei que não era o esperado
Mas também não esperava escrever
Com as mãos calejadas
Me pague mais uma dose
E eu te conto.
Te conto os pontos, as virgulas e as exclamações
Mas não vou te incluir em meus parágrafos
Pois ao menos neles
Não tenho de mentir para mim mesmo.
Guilherme Radonni
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