sábado, 8 de dezembro de 2018
Aos que estão longe de mais de si mesmo.
Que o azul do céu
Clareie os olhos dos desacreditados
Que o veludo das nuvens
Enfeite o teto dos desterrados
Que o balanço do mar
Inunde o corpo dos contaminados
E que a firmeza da terra
Seja o eixo dos desequilibrados
Louvo todos os seres com amor cósmico cabal
Expandindo o meu sol infinitamente
Rumo ao grande sol central
Unindo todos os sois
A um único e glorioso sol
Que a tromba de Ganesha
Desate os nós dos enroscados
Que a serpente de Shiva
Enlace a transformação dos infortunados
Que os oito braços de Brahma
Segure as mãos dos que estão fracos
E que a divindade de Krishna
Alumie o coração dos desamados.
Guiel
terça-feira, 27 de novembro de 2018
Fumaça ê...
Dai me licença pra chamar o avô tabaco
Com a benção dos caboclos
E do meu pai Oxala
Meus pretos velhos vem chegando
É de aruanda
Com teu cachimbo na boca
Para vim nos ensinar
Fumo de cura
Foi plantado lá na aldeia
Salve os índios que clareiam
O cocar de Jurema
Raizes, folhas
São as ervas que nos curam
Salve o tabaco e o fumo
Que vem para nos limpar
Fumaça êê , fumaça aa
Eu vou rezando, pra abençoar
Fumaça êê, fumaça aa
Vou cachimbando
Para curar
Fumaça santa vem benzendo os caminhos
Vai tirando os espinhos
Pra filho de Deus passa
Limpa o passado, clareando o presente
Abençoando o futuro
Para todos se encontrar
Desamarrando todos nós
Quebra o quebranto
Vou rezando este canto
Sete flechas quem mandou
Vou cachimbando, espalhando essa fumaça
Defumando esta casa com a força do amor
Ponto de Cachimbo recebido por Guiel Aguiar
Fumaça êê , fumaça aa
Eu vou rezando, pra abençoa
Fumaça êê, fumaça aa
Vou cachimbando
Para curar
Com a benção dos caboclos
E do meu pai Oxala
Meus pretos velhos vem chegando
É de aruanda
Com teu cachimbo na boca
Para vim nos ensinar
Fumo de cura
Foi plantado lá na aldeia
Salve os índios que clareiam
O cocar de Jurema
Raizes, folhas
São as ervas que nos curam
Salve o tabaco e o fumo
Que vem para nos limpar
Fumaça êê , fumaça aa
Eu vou rezando, pra abençoar
Fumaça êê, fumaça aa
Vou cachimbando
Para curar
Fumaça santa vem benzendo os caminhos
Vai tirando os espinhos
Pra filho de Deus passa
Limpa o passado, clareando o presente
Abençoando o futuro
Para todos se encontrar
Desamarrando todos nós
Quebra o quebranto
Vou rezando este canto
Sete flechas quem mandou
Vou cachimbando, espalhando essa fumaça
Defumando esta casa com a força do amor
Ponto de Cachimbo recebido por Guiel Aguiar
Fumaça êê , fumaça aa
Eu vou rezando, pra abençoa
Fumaça êê, fumaça aa
Vou cachimbando
Para curar
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
A flor e a espada
Mares que me inundam
E transbordam dentro de mim
Numa ressaca de ondas
Quem vem lavar meus olhos
Para ver por dentro e por fora
O céu e a terra em união
Sem mais fronteiras ou separação
Dividindo o dia e a noite
A água e o fogo, eu e você
Entre a flor e a espada
A balança do amor
Enquanto a vida lápida
As pedras do meu coração
Pra rebrotar de novo
O cristal que reluz o sonho
Além das cores do véu da ilusão
E mesmo nos dias nublados
Regar com nossos próprios olhos
O girassol que floresce no jardim do amor
E em cada coração que desperta
Um jardim por onde voa esse beija-flor
Ainda que espinhos machuquem nossas asas
Que ainda estão aprendendo a voar
Sem se apegar aos ninhos ,
Que os ventos do amor traz
Para o coração repousar
Desse ventos gelados
Que também me faz lembrar de você
Ou me fazem olhar pra mim mesmo
Já não sei mais,
As vezes esse espelho d´agua.... brinca
De cegar nossos olhos com tanta luz
E ainda nem aprendemos a enxergar nas sombras
E como já dizia um velho rezo
"...É preciso ter fé,
pro lampião do coração
Não se apagar..."
Sigo velando essa chama
Guardando sua luz acessa
Aqui dentro do meu peito
Pra iluminar a trilha
Que me levará até você
Nesse reencontro de mim mesmo
Aprendendo a ser pássaro
Sem medo de voar.
Guiel
E transbordam dentro de mim
Numa ressaca de ondas
Quem vem lavar meus olhos
Para ver por dentro e por fora
O céu e a terra em união
Sem mais fronteiras ou separação
Dividindo o dia e a noite
A água e o fogo, eu e você
Entre a flor e a espada
A balança do amor
Enquanto a vida lápida
As pedras do meu coração
Pra rebrotar de novo
O cristal que reluz o sonho
Além das cores do véu da ilusão
E mesmo nos dias nublados
Regar com nossos próprios olhos
O girassol que floresce no jardim do amor
E em cada coração que desperta
Um jardim por onde voa esse beija-flor
Ainda que espinhos machuquem nossas asas
Que ainda estão aprendendo a voar
Sem se apegar aos ninhos ,
Que os ventos do amor traz
Para o coração repousar
Desse ventos gelados
Que também me faz lembrar de você
Ou me fazem olhar pra mim mesmo
Já não sei mais,
As vezes esse espelho d´agua.... brinca
De cegar nossos olhos com tanta luz
E ainda nem aprendemos a enxergar nas sombras
E como já dizia um velho rezo
"...É preciso ter fé,
pro lampião do coração
Não se apagar..."
Sigo velando essa chama
Guardando sua luz acessa
Aqui dentro do meu peito
Pra iluminar a trilha
Que me levará até você
Nesse reencontro de mim mesmo
Aprendendo a ser pássaro
Sem medo de voar.
Guiel
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
Viagem
Do céu, da terra
Da fonte de onde viemos
Para ela um dia voltaremos
No silêncio que abraça aqui
A morte e a vida
De mãos dadas , o início e o fim
Relembrando a história esquecida
Sobre os pés, a chegada e a partida
O ventre, o fruto
A semente, a flor e o adubo
Fortalecem o mesmo jardim
Mãe e filho de uma só raiz
Renasce, floresce
É preciso morrer pra aprender
Só o tempo ensina a viver
Para essência se reconhecer
Transforma os caminhos
Mudam mapas, estradas, destinos
E a viagem não pode para
Nos perdemos só pra se encontrar.
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Ressonantes
Enquanto o sol nascia naquela tenda
O canto dos pássaros despertava
Dentro do ninho que temos no peito
E como araras voamos juntos
Entre as cores da nossa última noite
Fora do tempo, muito além do espaço
Enquanto gotas sagradas
Queimavam nossos olhos
Chorávamos feito crianças
Sem poder ver na escuridão
Tantas curas, enquanto dávamos as mãos
Corações Ressonantes,
Pulsando além da distância
Reverberando através do silêncio
Ainda sim te ouço, tocando a noite para a lua
E mesmo do outro lado daquela árvore
Que separava o fogo e água,
O espelho e a espada
Ainda te sinto,
Dançando junto com os meus sonhos
Enquanto tuas sementes
Continuam brotando
Dentro do meu jardim,
Onde as vezes pousa um beija-flor
Que também se chama saudade
E me visita para me lembrar
De regar a flor que você plantou aqui
Enquanto aprendemos a entregar nossas lágrimas
Que se misturam feito a chuva no colo da terra
E faz renascer o que estava adormecido
Como dois cristais tão pequeninos
Mas tão grandes no coração
Te respiro, no mesmo vento
Que me faz ter fé e confiar que tudo isso
É a vida nos ensinando a crescer
Para a semente do nosso amor
Poder enfim florescer.
Para aquele que continua aqui
dentro do meu peito...
Guiel
O canto dos pássaros despertava
Dentro do ninho que temos no peito
E como araras voamos juntos
Entre as cores da nossa última noite
Fora do tempo, muito além do espaço
Enquanto gotas sagradas
Queimavam nossos olhos
Chorávamos feito crianças
Sem poder ver na escuridão
Tantas curas, enquanto dávamos as mãos
Corações Ressonantes,
Pulsando além da distância
Reverberando através do silêncio
Ainda sim te ouço, tocando a noite para a lua
E mesmo do outro lado daquela árvore
Que separava o fogo e água,
O espelho e a espada
Ainda te sinto,
Dançando junto com os meus sonhos
Enquanto tuas sementes
Continuam brotando
Dentro do meu jardim,
Onde as vezes pousa um beija-flor
Que também se chama saudade
E me visita para me lembrar
De regar a flor que você plantou aqui
Enquanto aprendemos a entregar nossas lágrimas
Que se misturam feito a chuva no colo da terra
E faz renascer o que estava adormecido
Como dois cristais tão pequeninos
Mas tão grandes no coração
Te respiro, no mesmo vento
Que me faz ter fé e confiar que tudo isso
É a vida nos ensinando a crescer
Para a semente do nosso amor
Poder enfim florescer.
Para aquele que continua aqui
dentro do meu peito...
Guiel
sábado, 1 de setembro de 2018
Respirando
Não sei como abraçar tudo o que sinto
E por isso escrevo
Na esperança de aliviar
Esse coração naufragado
Que as vezes fica apertado
Por não saber como respirar
De baixo d´agua
Muitos ventos já sopraram
Desde do momento
Em que tentei entregar
Nas mãos de Deus
Aquilo que estava
Segurando em minhas mãos
O amor verdadeiro
Mas a verdade é que mesmo assim
Você continua ressonando
Aqui dentro de mim
E sem eu perceber
Ressurgi feito uma fênix
Ardendo em brasas
E clareando escuridões
Queimando as mentiras
Que contei para mim mesmo
Quando tentei te esquecer
Por não saber como lidar
Com tudo o que eu sentia
Com o medo, com a ausência
Com a saudade, com tantas energias
E de verdade ainda não sei
Mas não consigo mais negar
Que ainda se move dentro mim
O amor que sinto por você
Mantendo viva as sementes
Que plantamos pelos jardins dos sonhos
E todas as danças que tivemos juntos
Momentos que ficaram marcados
Como tatuagens no meu espirito
E no meu corpo, que gostaria mais que tudo
Simplesmente te abraçar e sentir o teu cheiro
Nem que fosse por um segundo.
Mas... se tem algo que nossa história me ensinou
É aceitar os ciclos da vida
E respeitar o momento de cada um
Água e Fogo, cada um seguindo sua natureza
Então só me resta te agradecer mais uma vez
Por ter me permitido vivenciar algo tão especial
Tão forte e tão único.
E confesso que continuo te amando
Como nunca amei ninguém
Não dessa maneira
Não sei exatamente o que fazer com isso
E também já cansei de tentar procurar respostas
Então só aceito o que sinto
E respiro para seguir cantando
Buscando um sentido
Para continuar dançando todos os dias.
Que o beija flor te leve
O meu desejo mais sincero
De que você esteja bem, feliz e em paz
Aonde quer que esteja.
Guiel
E por isso escrevo
Na esperança de aliviar
Esse coração naufragado
Que as vezes fica apertado
Por não saber como respirar
De baixo d´agua
Muitos ventos já sopraram
Desde do momento
Em que tentei entregar
Nas mãos de Deus
Aquilo que estava
Segurando em minhas mãos
O amor verdadeiro
Mas a verdade é que mesmo assim
Você continua ressonando
Aqui dentro de mim
E sem eu perceber
Ressurgi feito uma fênix
Ardendo em brasas
E clareando escuridões
Queimando as mentiras
Que contei para mim mesmo
Quando tentei te esquecer
Por não saber como lidar
Com tudo o que eu sentia
Com o medo, com a ausência
Com a saudade, com tantas energias
E de verdade ainda não sei
Mas não consigo mais negar
Que ainda se move dentro mim
O amor que sinto por você
Mantendo viva as sementes
Que plantamos pelos jardins dos sonhos
E todas as danças que tivemos juntos
Momentos que ficaram marcados
Como tatuagens no meu espirito
E no meu corpo, que gostaria mais que tudo
Simplesmente te abraçar e sentir o teu cheiro
Nem que fosse por um segundo.
Mas... se tem algo que nossa história me ensinou
É aceitar os ciclos da vida
E respeitar o momento de cada um
Água e Fogo, cada um seguindo sua natureza
Então só me resta te agradecer mais uma vez
Por ter me permitido vivenciar algo tão especial
Tão forte e tão único.
E confesso que continuo te amando
Como nunca amei ninguém
Não dessa maneira
Não sei exatamente o que fazer com isso
E também já cansei de tentar procurar respostas
Então só aceito o que sinto
E respiro para seguir cantando
Buscando um sentido
Para continuar dançando todos os dias.
Que o beija flor te leve
O meu desejo mais sincero
De que você esteja bem, feliz e em paz
Aonde quer que esteja.
Guiel
quinta-feira, 21 de junho de 2018
Sonhos e Sementes
Sem procurar um ao outro
A vida nos encontrou
De olhos fechados
Enquanto nossos corações se abriam
Numa dança que vai além
Do tempo e do espaço
Brincávamos de enxergar no escuro
Para abraçar as cores dos nossos olhos
Ciganos, viajando pelas ampulhetas do tempo
Sem medo desse tempo acabar
Enquanto os relógios de areia
Nos ensinam a esperar
Para termos de novo
Nosso cheiro se misturando
Dois guerreiros virando crianças
Enquanto tiramos nossas armaduras
Espadas e espelhos
Para sermos novamente um só
Quantas vidas já estive do teu lado?
Ainda sim quero acordar todos os meus dias com você
E mesmo distantes... ainda te sinto em meu peito
A cada vez que me entrego
Ao amor que flui dentro das águas
Termais, como nossos abraços
Quentes feito o fogo
Que se ascendeu entre nós
Queimando nossos medos
De acreditar nas sementes
Que nosso amor semeou
Me apaixonei por você
Antes mesmo de saber teu nome
Ou de sentir teu beijo tão doce
Que ainda me faz sonhar
Com aquela casa na árvore
Que foi o ninho do nosso amor
Enquanto as araras ainda voam
Sobre nossas cabeças
Hoje te amo, como nunca amei ninguém
E ainda seguro a tua mão,
Como naquela noite em que vimos o sol nascer
E juntos choramos enquanto os pássaros cantavam
Para nos dizer que o amor tem asas
E só precisamos confiar no vento
A vida nos encontrou
De olhos fechados
Enquanto nossos corações se abriam
Numa dança que vai além
Do tempo e do espaço
Brincávamos de enxergar no escuro
Para abraçar as cores dos nossos olhos
Ciganos, viajando pelas ampulhetas do tempo
Sem medo desse tempo acabar
Enquanto os relógios de areia
Nos ensinam a esperar
Para termos de novo
Nosso cheiro se misturando
Dois guerreiros virando crianças
Enquanto tiramos nossas armaduras
Espadas e espelhos
Para sermos novamente um só
Quantas vidas já estive do teu lado?
Ainda sim quero acordar todos os meus dias com você
E mesmo distantes... ainda te sinto em meu peito
A cada vez que me entrego
Ao amor que flui dentro das águas
Termais, como nossos abraços
Quentes feito o fogo
Que se ascendeu entre nós
Queimando nossos medos
De acreditar nas sementes
Que nosso amor semeou
Me apaixonei por você
Antes mesmo de saber teu nome
Ou de sentir teu beijo tão doce
Que ainda me faz sonhar
Com aquela casa na árvore
Que foi o ninho do nosso amor
Enquanto as araras ainda voam
Sobre nossas cabeças
Hoje te amo, como nunca amei ninguém
E ainda seguro a tua mão,
Como naquela noite em que vimos o sol nascer
E juntos choramos enquanto os pássaros cantavam
Para nos dizer que o amor tem asas
E só precisamos confiar no vento
Que sabe além de nós
Eu sei menino que as vezes é difícil acreditar
Mas lembre-se de ver com visão ilimitada
Então... já estou com você
Mesmo que aqui seja inverno e do teu lado verão
Mesmo que outros ventos balancem o nosso coração
E ainda que os idiomas confundam nossa voz
E o silêncio da distância ainda ecoe entre nós
Ainda sim me entrego para este sonho crescer
Na Bahia, na Turquia, na Califórnia ou na Sicília
Para mim não importa, desde que nosso amor
Possa simplesmente
Florescer
Enquanto isso preparamos nosso jardim
Tirando os espinhos e as pedras do caminho
Deixando a vida nos ensinar a amadurecer
Regando as sementes que brotaram em nossos sonhos
Sem esquecer daquela flor
Que ainda perfuma o nosso peito.
Eu sei menino que as vezes é difícil acreditar
Mas lembre-se de ver com visão ilimitada
Então... já estou com você
Mesmo que aqui seja inverno e do teu lado verão
Mesmo que outros ventos balancem o nosso coração
E ainda que os idiomas confundam nossa voz
E o silêncio da distância ainda ecoe entre nós
Ainda sim me entrego para este sonho crescer
Na Bahia, na Turquia, na Califórnia ou na Sicília
Para mim não importa, desde que nosso amor
Possa simplesmente
Florescer
Enquanto isso preparamos nosso jardim
Tirando os espinhos e as pedras do caminho
Deixando a vida nos ensinar a amadurecer
Regando as sementes que brotaram em nossos sonhos
Sem esquecer daquela flor
Que ainda perfuma o nosso peito.
Guiel
domingo, 17 de junho de 2018
Chama
Aprendendo a brincar
Com o fogo que dança
Nessa eterna chama
Da vida em transformação
E sem me queimar
Me deixar entregar
Ao calor que derrete
A armadura do meu coração
Queimando o medo
De sentir por inteiro
A verdade que arde
Aqui dentro de mim
E consome as lenhas
Galhos e folhas
Do meu passado
Que secaram com o tempo
No jardim da minha alma
Esperando pra ser lançado
No clarão de eternas brasas
E feito uma Fênix
Renascer das próprias cinzas
E voar para além da escuridão
Onde o sol nunca se apaga
Iluminando o breu
Dos meus olhos fechados
Me ensine a ver Avô Fogo
Além da fumaça da ilusão
E enxegar o farol pelo caminho
E não deixar cessar
A luz desse lampião
Alimentar o fogo
Que aquece a coragem,
Do espirto e da verdade,
Sem perder o brilho
E as faiscas da alegria
O desejo de viver
A paixão pela própria vida.
Com o fogo que dança
Nessa eterna chama
Da vida em transformação
E sem me queimar
Me deixar entregar
Ao calor que derrete
A armadura do meu coração
Queimando o medo
De sentir por inteiro
A verdade que arde
Aqui dentro de mim
E consome as lenhas
Galhos e folhas
Do meu passado
Que secaram com o tempo
No jardim da minha alma
Esperando pra ser lançado
No clarão de eternas brasas
E feito uma Fênix
Renascer das próprias cinzas
E voar para além da escuridão
Onde o sol nunca se apaga
Iluminando o breu
Dos meus olhos fechados
Me ensine a ver Avô Fogo
Além da fumaça da ilusão
E enxegar o farol pelo caminho
E não deixar cessar
A luz desse lampião
Alimentar o fogo
Que aquece a coragem,
Do espirto e da verdade,
Sem perder o brilho
E as faiscas da alegria
O desejo de viver
A paixão pela própria vida.
Guiel.
Foto: @Mel Melissa - Instantes
sábado, 9 de junho de 2018
De Ponta Cabeça
Tem dias que parece
Que tudo está de ponta cabeça
E até os pés pisam ao contrário
Tem dias que não queremos acordar
Mas também não conseguimos mais dormir
E aquele sonho que estava tão claro
Se dilui na neblina das nossas inseguranças
Tem dias que parece que as nuvens
São maiores que o sol
Mesmo quando o céu está azul lá fora
E o calor do dia derrete os minutos das horas,
Ainda sim parece que nada mais importa
Quando por dentro, estamos no meio de um temporal
Hoje nem sei de onde veio este vento
E tão pouco quero descobrir
Sinto tudo misturado, confuso e embaraçado
E uma vontade de me esconder de mim mesmo
Me sinto fraco e ao mesmo tempo com raiva
Mas não sei do que, ou talvez não queira ver
Já que meus olhos estão ocupados
Com esta chuva que cai sobre meu rosto
E hoje não lembro aonde guardei meu guarda-chuva
Por isso talvez me tranquei dentro de mim mesmo
Com medo de ninguém entender o que estou sentindo
Já que nem eu mesmo entendo
Então me isolo no casulo
Da minha própria solidão
Ainda sim disfarço bem o buraco no peito
E faço da poesia um balsamo sobre a ferida
Enquanto tento acalmar
Essa criança que chora
Aqui dentro de mim
Com o abraço deste velho
Que já está cansado de mais
Para se lembrar que só tenho 26 anos
Mas quando olho no espelho
Só vejo minha inconstância
E luto com todas as forças
Para nunca mais me julgar
Aprendendo a me abraçar
Incondicionalmente
Para não guerrear mais
Com as vozes da minha mente
Que as vezes perdidas
Giram em torno de si mesma
Na esperança de sair dos labirintos
Que eu mesmo criei
Por que este lamento todo?
Se só me resta agradecer
Por poder respirar e estar vivo
As vezes me sinto tão ingrato e egoísta
Pelos micro-dramas da minha vida
Mas o que fazer?
Quando os olhos ardem sem ter motivo
E o coração se aperta numa gaiola
Mesmo sabendo que tenho asas
Mas ainda não consigo voar
"Paciência menino, paciência..."
Deixe a vida te lapidar
E nas horas que a dor chegar
Segure forte na mão de Deus
E reze para não soltar
Tem coisas que não se entende
Só se pode sentir
E por mais que vasculhe dentro de si
Nunca vai achar um nome
Para este vazio que as vezes todo mundo sente
Então só aceite e o preencha
Com o seu próprio amor
Pois ninguém pode lhe dar
O que nunca lhe faltou.
Reconheça menino, o homem que tu já é
E busque em sua sabedoria, a coragem que já tens
Para atravessar qualquer ponte
Confiante que não irá cair
E se por acaso o vento lhe derrubar
Não se preocupe, lembre-se que já sabe nadar
Então reme para além das suas emoções
E use a espada que a vida lhe deu
Para romper sem medo
Os véus das ilusões
Para voltar para casa
E pisar descalço na terra
Regar o teu jardim, sem perder mais tempo
Pois sem esforço, não há colheita
E muitos esperam para saciar a fome
Então seja a semente menino,
A árvore e o fruto
Que tu sempre foi
As vezes doce, as vezes amargo
Não importa, pois o que vale
É amadurecer.
E pra isso as vez ficamos de ponta cabeça
Então depois de revirar todo o adubo
Não se esqueça...
Vire a cabeça para cima
E floresça.
Guiel
Foto:
Que tudo está de ponta cabeça
E até os pés pisam ao contrário
Tem dias que não queremos acordar
Mas também não conseguimos mais dormir
E aquele sonho que estava tão claro
Se dilui na neblina das nossas inseguranças
Tem dias que parece que as nuvens
São maiores que o sol
Mesmo quando o céu está azul lá fora
E o calor do dia derrete os minutos das horas,
Ainda sim parece que nada mais importa
Quando por dentro, estamos no meio de um temporal
Hoje nem sei de onde veio este vento
E tão pouco quero descobrir
Sinto tudo misturado, confuso e embaraçado
E uma vontade de me esconder de mim mesmo
Me sinto fraco e ao mesmo tempo com raiva
Mas não sei do que, ou talvez não queira ver
Já que meus olhos estão ocupados
Com esta chuva que cai sobre meu rosto
E hoje não lembro aonde guardei meu guarda-chuva
Por isso talvez me tranquei dentro de mim mesmo
Com medo de ninguém entender o que estou sentindo
Já que nem eu mesmo entendo
Então me isolo no casulo
Da minha própria solidão
Ainda sim disfarço bem o buraco no peito
E faço da poesia um balsamo sobre a ferida
Enquanto tento acalmar
Essa criança que chora
Aqui dentro de mim
Com o abraço deste velho
Que já está cansado de mais
Para se lembrar que só tenho 26 anos
Mas quando olho no espelho
Só vejo minha inconstância
E luto com todas as forças
Para nunca mais me julgar
Aprendendo a me abraçar
Incondicionalmente
Para não guerrear mais
Com as vozes da minha mente
Que as vezes perdidas
Giram em torno de si mesma
Na esperança de sair dos labirintos
Que eu mesmo criei
Por que este lamento todo?
Se só me resta agradecer
Por poder respirar e estar vivo
As vezes me sinto tão ingrato e egoísta
Pelos micro-dramas da minha vida
Mas o que fazer?
Quando os olhos ardem sem ter motivo
E o coração se aperta numa gaiola
Mesmo sabendo que tenho asas
Mas ainda não consigo voar
"Paciência menino, paciência..."
Deixe a vida te lapidar
E nas horas que a dor chegar
Segure forte na mão de Deus
E reze para não soltar
Tem coisas que não se entende
Só se pode sentir
E por mais que vasculhe dentro de si
Nunca vai achar um nome
Para este vazio que as vezes todo mundo sente
Então só aceite e o preencha
Com o seu próprio amor
Pois ninguém pode lhe dar
O que nunca lhe faltou.
Reconheça menino, o homem que tu já é
E busque em sua sabedoria, a coragem que já tens
Para atravessar qualquer ponte
Confiante que não irá cair
E se por acaso o vento lhe derrubar
Não se preocupe, lembre-se que já sabe nadar
Então reme para além das suas emoções
E use a espada que a vida lhe deu
Para romper sem medo
Os véus das ilusões
Para voltar para casa
E pisar descalço na terra
Regar o teu jardim, sem perder mais tempo
Pois sem esforço, não há colheita
E muitos esperam para saciar a fome
Então seja a semente menino,
A árvore e o fruto
Que tu sempre foi
As vezes doce, as vezes amargo
Não importa, pois o que vale
É amadurecer.
E pra isso as vez ficamos de ponta cabeça
Então depois de revirar todo o adubo
Não se esqueça...
Vire a cabeça para cima
E floresça.
Guiel
Foto:
Mel Melissa MaurerFacebook - @melmelissamaurerInstagram - Mel Melissa Maurer - Instantes
Durante a residência Artistica Ressonâncias da Dança
terça-feira, 5 de junho de 2018
Entrelaçados
Não cabe em meu peito
Tudo o que sinto agora
Por isso transbordo
Essa água que inunda tudo
Aqui dentro de mim
Desaguando os nós
E as amarras do destino
Para poder aceitar o fio
Que tece a teia de todas as historias
As que vem e as que vão
Mas o que fazer com aquelas
Que no fundo sempre ficam
Como sonhos encontrados
Que não queremos perder?
Quando abrimos os nossos olhos
Para o que chamam de realidade
E vemos na linha do tempo e do espaço
Nossos caminhos se separando
Mas como se separa o coração?
Que continua ligado por um fio tão forte
Que parece rasgar meu peito
Só para uma parte de mim
Voar junto contigo
Para não crer na ilusão da separação
Pois além desta gaiola
O amor cria asas para abraçar a imensidão
Mesmo que hoje meu ninho vazio
Sinta a dor da tua ausência
O teu calor ainda me arde
Feito brasas em meu coração
Onde me entrego
E as vezes me queimo
Para transformar o medo
Que se esconde
Atrás do véu da paixão
Afogando os sonhos da alma
Nas lágrimas que não caíram
Só para lavar as feridas
Que ainda não cicatrizaram
Mas o amor sana tudo
Até o gosto amargo
Que as vezes a vida tem
Entre a doçura das flores
O espinho da rosa me ensina
A amar além do perfume
Que seduz da abelha ao beija-flor
Sou teu ninho e a tua coméia
Enquanto planto teu nome
No jardim do meu próprio peito
Regando os sonhos que enxerguei
No espelho do teu olhar
Enquanto aguardo o tempo
Nos permitir florescer
Para espalharmos as sementes
Que brotaram do nosso amor.
Guiel
Tudo o que sinto agora
Por isso transbordo
Essa água que inunda tudo
Aqui dentro de mim
Desaguando os nós
E as amarras do destino
Para poder aceitar o fio
Que tece a teia de todas as historias
As que vem e as que vão
Mas o que fazer com aquelas
Que no fundo sempre ficam
Como sonhos encontrados
Que não queremos perder?
Quando abrimos os nossos olhos
Para o que chamam de realidade
E vemos na linha do tempo e do espaço
Nossos caminhos se separando
Mas como se separa o coração?
Que continua ligado por um fio tão forte
Que parece rasgar meu peito
Só para uma parte de mim
Voar junto contigo
Para não crer na ilusão da separação
Pois além desta gaiola
O amor cria asas para abraçar a imensidão
Mesmo que hoje meu ninho vazio
Sinta a dor da tua ausência
O teu calor ainda me arde
Feito brasas em meu coração
Onde me entrego
E as vezes me queimo
Para transformar o medo
Que se esconde
Atrás do véu da paixão
Afogando os sonhos da alma
Nas lágrimas que não caíram
Só para lavar as feridas
Que ainda não cicatrizaram
Mas o amor sana tudo
Até o gosto amargo
Que as vezes a vida tem
Entre a doçura das flores
O espinho da rosa me ensina
A amar além do perfume
Que seduz da abelha ao beija-flor
Sou teu ninho e a tua coméia
Enquanto planto teu nome
No jardim do meu próprio peito
Regando os sonhos que enxerguei
No espelho do teu olhar
Enquanto aguardo o tempo
Nos permitir florescer
Para espalharmos as sementes
Que brotaram do nosso amor.
Guiel
sábado, 14 de abril de 2018
Resgate.
Cada vez mais a vida dos homens se torna mais paradoxal e anti-natural, e para retornarmos a nossa essência orgânica teremos de nos reeducar.
Desde a separação do eu e do não-eu estamos vivendo uma eterna busca de auto-realização, pois amputamos de nós aquilo que nos conecta com o universo, nos tornando humanóides individualistas que nunca estão realmente satisfeitos, pois seguimos ou melhor somos condicionados a seguir o fluxo de um mundo onde sempre se busca mais e mais , mas talvez estejamos buscando no lugar errado, tentando sempre encontrar fora de nós, aquilo que só se pode encontrar por dentro, e desta maneira nunca acharemos.
Penso as vezes que a inocência esta ai, em revirar os olhos e se enxergar por dentro, mas sem separações entre o eu e o todo, porque o todo está em nós, está na simplicidade de aceitar as cores do mundo assim como ela são, e não digo do mundo dos homens, mas sim do mundo universal que esta girando junto com todos os outros astros em volta da luz do sol, que nos aquece e ilumina. Tudo é perfeito, a gente que ás vezes não consegue perceber pois criamos um monte de coisas que não necessitamos de verdade, e fizemos de tais coisas necessidades primordiais, quando na verdade elas só nos afastam do que realmente nos contempla; a liberdade de viver para a vida.
Guiel
(14 de Abril de 2012)
sexta-feira, 13 de abril de 2018
Para quem tem tempo para a poesia
Como pode ser tão forte
E ao mesmo tempo tão frágil
Essa sensação inexplicável
De simplesmente estar vivo
De chorar e rir ao mesmo tempo
Vendo as crianças brincarem
Enquanto os velhos adoecem
Junto as flores que se abrem
E a poesia que desabrocha
Em cada coração ferido
Pelas arapucas do destino
Que nos capturam somente para nos ensinar
Aquilo que nem sempre queremos aprender
Pois amadurecer.... é pra poucos
Já que muitos tem medo
De cair do pé e virarem adubo
Mas de que vale ser fruto verde
E não poder ser desfrutado
Ainda sim somos doces e amargos
Os dois lados da moeda
Se olhando no espelho
Procurando ser um tesouro inteiro
Repartido em mil pedaços
Para matar a fome dos que não tem pão
E roubam a cada esquina
A esperança de persistir
Mesmo por linhas tortas
Um dia aprendemos a escrever
Mas a história que nos contaram
Ainda é difícil de conceber
Pois tantos buracos engoliram a verdade
Que é preciso cavar dentro de si
Para encontrar o mapa do que estava perdido
E na natureza a dor, de uma mãe que pede socorro
Aos filhos que ficaram presos
Pelas gaiolas de concreto
E não sabem o que é por os pés no chão
Para sentir o amor de perto
Ao invés disso, se iludem
Com os ponteiros do relógio
Que fazem a multidão correr
Para chegar sempre no horário
Mas não percebem que estão atrasados
Indo atras do trem errado
Vitrines e diplomas, condomínios e enlatados
Nas prateleiras da injustiça
Dos impostos adulterados
Onde o preço cobra caro
Pelo que não vale se pagar
Pois o ar foi dado de graça
Para quem sabe respirar
E a vida só pediu em troca
Cultivarmos o próprio jardim
Mas o asfalto corrompeu
O perfume do jasmim
Hoje choro pelos rios
Que estão tentando vender
Mas Deus também sabe cobrar com juros
A quem não respeita a própria Mãe
E na hora que chegar esta conta
Só rezo para não ter dividas
No mais sigo cantando, espalhando poesias
Pois o que me resta é dançar
Nessa louca ciranda da vida.
Guiel
E ao mesmo tempo tão frágil
Essa sensação inexplicável
De simplesmente estar vivo
De chorar e rir ao mesmo tempo
Vendo as crianças brincarem
Enquanto os velhos adoecem
Junto as flores que se abrem
E a poesia que desabrocha
Em cada coração ferido
Pelas arapucas do destino
Que nos capturam somente para nos ensinar
Aquilo que nem sempre queremos aprender
Pois amadurecer.... é pra poucos
Já que muitos tem medo
De cair do pé e virarem adubo
Mas de que vale ser fruto verde
E não poder ser desfrutado
Ainda sim somos doces e amargos
Os dois lados da moeda
Se olhando no espelho
Procurando ser um tesouro inteiro
Repartido em mil pedaços
Para matar a fome dos que não tem pão
E roubam a cada esquina
A esperança de persistir
Mesmo por linhas tortas
Um dia aprendemos a escrever
Mas a história que nos contaram
Ainda é difícil de conceber
Pois tantos buracos engoliram a verdade
Que é preciso cavar dentro de si
Para encontrar o mapa do que estava perdido
E na natureza a dor, de uma mãe que pede socorro
Aos filhos que ficaram presos
Pelas gaiolas de concreto
E não sabem o que é por os pés no chão
Para sentir o amor de perto
Ao invés disso, se iludem
Com os ponteiros do relógio
Que fazem a multidão correr
Para chegar sempre no horário
Mas não percebem que estão atrasados
Indo atras do trem errado
Vitrines e diplomas, condomínios e enlatados
Nas prateleiras da injustiça
Dos impostos adulterados
Onde o preço cobra caro
Pelo que não vale se pagar
Pois o ar foi dado de graça
Para quem sabe respirar
E a vida só pediu em troca
Cultivarmos o próprio jardim
Mas o asfalto corrompeu
O perfume do jasmim
Hoje choro pelos rios
Que estão tentando vender
Mas Deus também sabe cobrar com juros
A quem não respeita a própria Mãe
E na hora que chegar esta conta
Só rezo para não ter dividas
No mais sigo cantando, espalhando poesias
Pois o que me resta é dançar
Nessa louca ciranda da vida.
Guiel
Viajantes do Peito
Como dois viajantes perdidos
Nos encontramos sem procurar
Caminhos cruzados
Pelo fio do destino
Num breve suspiro a se entrelaçar
E no vento da última noite
Pela porta do último andar
Teus olhos de Estrela d´alva
Hipnotizaram o meu olhar
A primeira vista
Mas não sei quem viu primeiro
E como se já fossemos velhos amigos
Brincamos de se apaixonar
Num terraço feito de flores
O altar da vida nos consagrou
E naquela madrugada...
Esquecemos de dormir
Só para amanhecer
Como dois estranhos
Mais íntimos que irmãos
E no triangulo do teu peito
Meu cristal se encaixou
Enquanto o ninho
Do teu braço direito
Abraçou um beija-flor
Que em mim voava sem rumo
E de repente simplesmente pousou
Pétalas de rosa, caindo pelo chão
Perfumando a manhã e a estrada
Da nossa tão breve despedida
Enquanto eu seguia para a montanha
Tua permanecia na frente do mar
E mesmo tão distante
Continuamos sonhando um com o outro
Só para acordarmos juntos
Mesmo sem estar
Reviravoltas do peito
Me fizeram voltar
E mais cigano que eu
Foi a tua loucura
Desapegando das gaiolas
Para seguir o vento do amor
Mas antes, foi o Mar quem confirmou
Nosso beijo salgado
Adoçando as ondas da praia
Mergulhamos um no outro
Sem nem mesmo respirar
E o coração foi navegando
Sem saber onde ia parar
Então foi aqui, na Cidade dos Cristais
Onde a vida nos lapidou
Enquanto todos diziam
Como eramos iguais
Nos reconhecíamos num espelho
Feito de luz e sombra
Enxergamos o amor, a dor e a flor
Espinhos de rosas vermelhas
Nos ensinando a cultivar
Um jardim tão delicado
Quantos as feridas que viemos curar
Com o veneno do escorpião
Que nos faz ser um só
Misturamos o fel e o mel
Para encontrarmos um antidoto
Do coração...até a ponta do ferrão
Expomos as nossas fraquezas
Enquanto ficávamos nús
Aprendendo a se expressar
Como crianças correndo
Fomos rápidos de mais
Mas agradeço a cada segundo
Que tecemos um com o outro
E hoje desatamos os nós
Para cada um seguir seu destino
Das minhas mãos...
Uma pena, um cristal e uma concha
Dos teus olhos...
O brilho de uma gota de lágrima
Lavando a nossa história
Enquanto o nosso olhar
Congelava o passar das horas
O calor do nosso abraço
Derretia as diferenças...tão iguais
Dois amantes, irmãos do tempo,
Libertando velhas histórias
Para um novo recomeço.
(Para o Menino de Estrela d´Alva)
Guiel
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