segunda-feira, 20 de julho de 2009

Meu verbo,

Era simples e suave

Como descrever sono em dia frio

Os olhos procuravam qualquer motivo pra disfarçar

Mas não achavam se quer refugio para cessar tal encontro

As mãos eram quentes e tremulas,

Tocavam a face em tom de afeto

E faziam primavera em horas de neve

Nos perdíamos a cada curva do corpo.

Torço, carne, lábio e vontades

Era tamanho itinerário

Que eu desejava segui-lo até o fim dos meu dias

Adormecia no teu beijo

Acordava nos teus defeitos

E amava até teus erros

Sem perceber teu cheiro tomava meus dedos

Inalava meu desespero

Restando somente a calmaria

Suplico, me consuma por inteiro

Faça de mim teu amanhecer

E me tenha no bolso

No torço,

No sufoco

Nosso devaneio era de jardim amanhecido

Era de inverno dormido

De beijo dado e de amor calado

E sentíamos tudo isso

Só no codificar das retinas

Amor assim, não se compra no bazar

Não se acha para dar,

E traz saudade até no paladar

Me encontre na Lua meu amado

Façamos lá o território da nossa fuga

Assistindo a valsa planetária

Que o homem faz questão de deturpar

Quem sabe você cesse minha loucura?

Quem sabe você extermine minha insônia?

Quem sabe teu beijo supra minha cede?

Quem sabe tua carne cale minha fome?

Afirmativa, resta uma

O acaso nos achou

E teu pólo não ira perder o meu

Assim, sem nenhuma pretensão

Que não seja a eternidade

Te desejo o infinito

E faço do teu peito

O meu

Eufórico, simples e suave.

Guilherme Radonni

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