como ventos que trazem o mar
e o levam sem dizer nem deixar nada.
Aliás, deixa,
deixa um resto das melhores migalhas que um dia voaram com as águas,
mas também deixa o fim. O saber de que aquele vôo não voltará.
Você disse que não precisava mais procurar,
que tinha achado-a
e eu lhe pedi em casamento.
E então o que houve?
Faltou até demais,
que o nosso agora
é sem destino de dois.
Tens uma resposta linda para essa ausência?
Porque eu, não.
Esse riacho que se enganou na curva,
avisou que o sol voltará,
pela metade.
Mas temos até de nos benzer por ele voltar!
Por mais que o verde das árvores
já não fazem tanto sentido,
ainda há o belo.
Tenho de me divertir com o que posso,
com o que vier,
então que venha
com caminhos solitários ou multidões
mas venha,
para sentir de novo
essa falta de ar, com tanto ar por aí...
E aceitarmos o lado defeituoso do que passar conosco.
Espaço de pétalas,
espaço de espinhos,
já não importa.
Tudo, passa.
Tábatta Iori.
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