sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Colapso metafísico da antimatéria.

A dificuldade não está em não ser monocromatico

Esta na falta de motivo

No questionamento

No vácuo que me consome

Talvez querer saber de mais

É querer morrer mais rápido

Digo isso porque

Paramos de viver para refletir sobre o que é vida

E pra isso precisamos parar o tempo

Olhar de outro ângulo, descer um degrau

E quando executamos isso

Abortamos a ação

E morremos por instante

Pois não estamos vivendo

Estamos ali estáticos

Num estado entre o pensamento e a descoberta

Mergulhados em complexidades

De fragmentos mais pequenos e mais gigantes

Do que a nossa existência

Criamos um colapso, um desassossego

Pois enxergamos algo perturbador

Que não cala nossa voz

Só da mais eco ao nosso grito

È como um poço onde se cai

Não se pode sair seco,

Muito menos sem um joelho ralado

Para atingir esses estado metafísico do pensamento

È necessário gastar a matéria

Sacrificar o corpo, e oferecer o tempo

Mesmo que nós, os parasitas da nossa própria humanidade

Não tenhamos mais tempo

Luz silenciosa

Entre ela, uma outra camada

Opaca e dissonante

Surrealismo, achei que o tivesse encontrado

Mas era só a inconsciência

Brincando de ser Deus

Talvez seja isso que me confunda

Ter uma voz que não é minha

Dentro da cabeça.

Guilherme Radonni.

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