A dificuldade não está em não ser monocromatico
Esta na falta de motivo
No questionamento
No vácuo que me consome
Talvez querer saber de mais
É querer morrer mais rápido
Digo isso porque
Paramos de viver para refletir sobre o que é vida
E pra isso precisamos parar o tempo
Olhar de outro ângulo, descer um degrau
E quando executamos isso
Abortamos a ação
E morremos por instante
Pois não estamos vivendo
Estamos ali estáticos
Num estado entre o pensamento e a descoberta
Mergulhados em complexidades
De fragmentos mais pequenos e mais gigantes
Do que a nossa existência
Criamos um colapso, um desassossego
Pois enxergamos algo perturbador
Que não cala nossa voz
Só da mais eco ao nosso grito
È como um poço onde se cai
Não se pode sair seco,
Muito menos sem um joelho ralado
Para atingir esses estado metafísico do pensamento
È necessário gastar a matéria
Sacrificar o corpo, e oferecer o tempo
Mesmo que nós, os parasitas da nossa própria humanidade
Não tenhamos mais tempo
Luz silenciosa
Entre ela, uma outra camada
Opaca e dissonante
Surrealismo, achei que o tivesse encontrado
Mas era só a inconsciência
Brincando de ser Deus
Talvez seja isso que me confunda
Ter uma voz que não é minha
Dentro da cabeça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário