sexta-feira, 10 de setembro de 2010

SEM TÍTULO [mas com licença poética]

Algumas coisas eu entendo.

Agora.

Só agora.

Se desse para pedir perdão,

eu ajoelharia!

Contarei uma história,

breve:

Havia uma garota,

negra,

traços robustos.

Nasceu com os joelhos frágeis,

mas ao passar de suas horas,

descobriu [ou achou] que poderia se apoiar em outros dentes.

Outra garota,

“branca”

traços leves,

com os joelhos fortes,

mas sempre machucados,

cruzou a vida dela,

junto a um garoto,

joelhos fortíssimos.

Viveram algo que nunca ninguém vivera,

vivem algo que é indescritível,

portanto esse poema vem das letras dos joelhos brancos

e sem apoios.

E sem fonemas...

Hoje,

algumas horas atrás,

eu: branca,

descobri o porque do se matar.

Não é apenas um labirinto de cordas,

e sim, o perdido,

mas lúdico,

da relação do ser humano!

Sabe o que nos mata negra?

o egoísmo.

Pensei em continuar essa história mas...

talvez seja muito pesada,

e com meus joelhos mancos,

talvez eu caia.

Sabe,

acho que na verdade quem sempre me carregou foram os joelhos quebrados,

porque o dos joelhos fortes,

é forte e poderoso demais para querer dividir.

A gente ama tanto

que se cala.

É mais além toda essa escrita,

espero que o pardo se torne uma cor melhor.

Porque o branco acabou de se tornar.

É mais, é mais, é mais,

Além...

Tábatta Iori com mil desculpas à Ísis Rodrigues Silva.

2 comentários:

  1. Passei e gostei...
    Voltarei com tempo para uma degustação mais profunda.
    Parabéns!
    Bjs.

    ResponderExcluir
  2. Não consigo acreditar como não conheço você.
    Me dá náuseas não ter um email pra contato.

    ResponderExcluir