quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Salto.

Não sobrou muita coisa

Pra se dizer

Não vou reciclar minha dor

Deixe que o tempo faça isso

Ultimamente foi só o que ele tem feito

O pior, é a nova percepção que ele me trouxe

Á de estar sozinho, sem eixo,

Sem rumo, sem porta-estandarte.

Mas já estou bem crescido

Pra saber que toda guerra é só

Só não me acostumo com isso

Em ser uma beira do mundo

Que não enxerga nada que não o caos

Quem sabe por baixo de tudo isso

Tenha algo mais bonito

O triste é esperar o outro andar

E nem me sinto em um elevador

Talvez em uma escada

Mas descer os degraus

É muito para os meus joelhos

Prefiro saltar da janela

Quem sabe seja isso

Tenho de mergulhar no ar

E sentir minha fragilidade

Se espatifar no chão.

Guilherme Radonni.

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