quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Á nossa insônia...

Ainda não entendo se é de verdade
Ou se é tudo ilusório.
Começou com prosas trocadas
Em meio da insônia compartilhada
E logo um enxame de mariposas
Invadiu-me o estomago
Simulando uma valsa cuja música
Era uma só, tua voz.
Descobrimos ainda o quão parecido somos
No tamanho das mãos, no dia do aniversário,
Na impaciência e nos calos dos pés.
Coincidência? Parece que não
Creio que deveria ser assim.
Nos conhecemos então
Eu no palco, você na platéia
Eu paciente, você visitante
Foram nessas condições que os enfermeiros
Chegaram anunciando; “Hora da visita”.
Colocaram-me frente a ti,
E ali nos olhamos durante os melhores cinco minutos
Do espetáculo, teu olhar me deixou inquieto,
Não sabia ao certo quem havia se encantado
O personagem ou ator
No final você ganhou os dois
E agora depois do passar das horas
A tua falta me falta
E o meu ar fica sem fôlego
Só preciso da tua prosa
Do teu afago
Do teu conforto
Insano tudo isso,
Ainda sim não quero me curar de tal insanidade
Pois já admiro até o riso sem jeito
De quando te olho por tempo demais
E dessa vez não é o ator, nem o bailarino nem mesmo eu
È o meu peito que grita teu nome,
Que deseja calar tua fome, que te quer até de madrugada
Pois contigo as horas se comprimem, e um dia vira um minuto
Foge comigo pra Lua,
Pra qualquer lugar que não a realidade
E da eternidade só espero uma única coisa,
Você.

(Dedico aquele com quem pretendo passar o resto dos meus dias. R)

Guilherme Radonni

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