Quando se esta perdido em um deserto
A única certeza que se tem
É que podera olhar para cima
E ver a imensidão do céu sobre tua cabeça
Mas não, até o céu despencou
E agora a falta de se ver algo
Que não seja areia e vazio
Nos fere, como se cada grão do deserto,
Fosse a nossa dor escorrendo num abismo
Também sinto falta de um céu sobre minha cabeça
Mas não posso culpar nínguem por isso
Pois fui eu que escolhi deixar de ver o céu
Talvez pelas estrelas que caíram e furaram os meus olhos
Ou simplismente por não aguentar mais
O peso do meu próprio crânio
Desgaste cervical de tanto se inclinar para olhar para cima.
Já vaguei pelo nada tempo o sulficiente
Para saber que toda guerra é só
Mas hoje sei, que o céu sempre esteve no mesmo lugar
Foi meu corpo que despencou
E se enterrou num vão de areia.
Rogo ao deserto que uma tempestade de vento,
Me arraste para longe de mim
Pois a minha solidão é mais interna do que física
Nem me lembro como é, só sei que sinto.
Guilherme Radonni
Nenhum comentário:
Postar um comentário