segunda-feira, 21 de março de 2011

Quando se esta perdido em um deserto

A única certeza que se tem

É que podera olhar para cima

E ver a imensidão do céu sobre tua cabeça

Mas não, até o céu despencou

E agora a falta de se ver algo

Que não seja areia e vazio

Nos fere, como se cada grão do deserto,

Fosse a nossa dor escorrendo num abismo

Também sinto falta de um céu sobre minha cabeça

Mas não posso culpar nínguem por isso

Pois fui eu que escolhi deixar de ver o céu

Talvez pelas estrelas que caíram e furaram os meus olhos

Ou simplismente por não aguentar mais

O peso do meu próprio crânio

Desgaste cervical de tanto se inclinar para olhar para cima.

Já vaguei pelo nada tempo o sulficiente

Para saber que toda guerra é só

Mas hoje sei, que o céu sempre esteve no mesmo lugar

Foi meu corpo que despencou

E se enterrou num vão de areia.

Rogo ao deserto que uma tempestade de vento,

Me arraste para longe de mim

Pois a minha solidão é mais interna do que física

Nem me lembro como é, só sei que sinto.

Guilherme Radonni

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