terça-feira, 15 de março de 2011

Poema tristonho


De vez em quando

Assim como quem não quer nada

Um ar triste se aproxima de mim,

Pega minha mão e me leva para passear

Eu, bicho melancólico que sou,

Agarro em tua presença com força pra não me deixar

O medo de não sentir nada

Me conforta nos dedos da tristeza

Que me leva para andar de bicicleta

Para ir ao cinema, para viajar no final do ano

E assim como quem não quer nada

Faz ferida, fura os meus olhos

Me poe ao avesso

Deve ser por isso que não paro de chorar

Meus olhos estão vazando

Manchando meu olhar e o resto que se há para ver.

Meu poema é esse verso tristonho

Que eu faço para me consolar

Escrevo com letras de sangue

E apago para não lembrar

Quando o inverno chega

A tristeza não vem,

Ela diz que o cinza do céu,

Já basta para me deixar sem cor

Andando de cabeça inclinada para baixo

Pra ninguem notar o quanto eu não dormi

Ausência e saudades,

Das tardes jogadas na grama

Da musica dançando em mim

Da tristeza me levando pra passear

O inverno é sempre o mais vazio

Fico triste de pensar.



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