domingo, 24 de outubro de 2010

256 lugares ao vento

Rastros do contentamento fora do normal.
Eis aqui, o que acontece com a gravidade.
Surdos são aqueles que pensam e ouvem,
vitoriosos aqueles sepulcros.
Tomo do vinho, o veneno social.
Sim! Idéias são eternas.
Não! Minha saliva falta com sua precariedade...
fechem as mãos agora e vou indo para casa.
Paraíso...
Inferno !
Eis que surgem novas idéias!

Toc... Toc...
Já vai bater...
Já vai bater !
Sem doer o coração cálido,
sem ferir os dedos fétidos,
sem buscar a alma morta.
Lá se vai o meteorito,
lá se foi o brilho, de meus tristes olhos!

As paredes calcáridas formam o muro,
os pápeis limpos formam as algemas,
os porões estão a todo vapor...
e o calor, esta me fazendo sentir frio !
Não...
Não se vá doce lágrima,
não morra ao deleite da sociedade...
Não faça a mercê dos pobres !
Fuja,
fuja...
o contentamento de ter esperanças frias,
movem aquela cadeira...
tão só, como eu,
que vago sozinha...
pela eternidade a fora,
cega !
no escuro...
abro com um machado as correntes de um livro,
e nele...
encontro-me.
Sim...
vá... corra...
encontre-me doce cadeira,
para que eu possa descansar minha tristeza...

Há alguém velho demais...
Há alguém novo demais...

Aaaaaaaaaaaah !
Abram as portas da floresta...
fabriquem o perfume das flores...
descubram um planeta morto.
Têm-se os olhos,
têm-se o coração,
têm-se a raiva
e têm-se a depressão
e aí, o vinho faz sua conclusão,
e aí, já estou nova demais para idéias hipócritas e cretinas...

As cores do cabelo,
sintonizam os olhos perdidos...
e o tempo não pára.

Ah! Desgraçada que sou !
Presa no eterno vazio...
tendo como companhia,
a eterna agonia e angústia.
Inteligência,
oratória...
Pertercem ao nobre cavaleiro de cinza.

As folhas estão se mexendo e rangindo...
elas falam latim !
E estão gritando aos meus ouvidos o socorro...
Olhe para mim...
Olhe para mim, doce idiota...
Blá, blá, blá...

Vai começar o culto sagrado...
vai começar o meu mais novo mandamento de três palavras.

Ensine-me a viver semd ar risada...
ensine-me por favor...
a rir de todos os seus defeitos.
De rir, eternamente, de todos os meus defeitos !
Já que a eternidade não é nada para alguém tão solitária,
como eu !
Olhem...
E vejam o que é a tristeza...
Olhem...
mais olhem de verdade através dos meus olhos verdes...
Deus !
Torne-me a mais bela criatura,
por que fizeste isto comigo?
A metamorfose, acontece ao piscar dos olhos.

Damas e cavalheiros,
senhoras e senhores,
não sou mais a mesma desde que comecei a falar.
Despeço-me com muita gratidão...
e vou de encontro ao eterno sofrimento.

Adeus ! Queridos olhos perdidos !

Iohann Iori Thiago

3 comentários:

  1. Isso é poesia, o resto é o que achamos ser, mas na verdade nunca iremos escrever tão bem, qnt escrevemos as nosssas primeiras poesias, tá tudo gasto, mas esse texto me fez lembrar de tudo, da época em que ainda estavamos vivos, e a unica coisa que realmente corria em nossas veias era a euforia.

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  2. Isso,sim, é poesia. E nós corremos juntos, em busca da nossa euforia perdida...da nossa redenção...estamos perdidos!

    Lucas Vivot

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  3. é uma boa poesia pelas lembranças que carregamos, mas nada mais no mundo me faz chorar do que essas lembranças, e cada vez que entro em contato com o físico, me desfaço.

    Grato por tudo!

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