segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Anúncio que suplica a cor...

Cinza, cinza e cinza

Depois de tanto tempo essa lacuna me volta
Me aperta as costelas e me faz feito grão
Ela já estava tão longe, abafada pelo tabaco e pela euforia
Mas voltou sem convite,
Me expremeu num vão de angustia
Em um dia de vazio e mormaço
Sufocou-me o peito
E secou os olhos que já não tinham cor
Agora cheiro a cinza, a solidão e desespero
Se alguém encontrar a cor dos meus olhos de volta
Ou ao menos qualquer cor que não o cinza
Por favor me entregue neste endereço;

Rua da Ausência, na Casa Vazia para o homem que não sente mais nada que o vácuo

Guilherme Radonni

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