Começou assim,
Noite cai, a Lua engole o dia
E nós, bebemos a noite
Território de quem?
Nem somos daqui,
Tragamos as calçadas
Junto á inocência de quem já não a tinha
Rua cheia, asfalto vazio
Em quanto os copos transbordavam
Tabaco e cevada
Combustível inflamável dos jovens quase velhos
Cujo este que vós lhe escreve, pertencia sem exceção ou cláusula
Valsa urbana, eufórica e de três
Na verdade de quatro, mais a ultima não sabia dançar
Era pequenina, e podia ser esmagada pela catatonia
Individual de um coletivo de três.
Deitamos no concreto e assistimos a um palhaço que não ri
Enquanto nossa sombra fumava os olhares
O cansaço e o experimental.
Fizemos dos nossos versos, nosso próprio hino
E gritamos a insanidade da nossa transfiguração
No meio do improviso, do inexplicável
Do efeito sem álcool.
Por fim, esperamos os trilhos acordarem
Para podermos dormir,
Assistimos a manha acordar numa janela embaçada
Para que os olhos anoitecessem num sono improvisado
No final é tudo cena, é tudo filme
È tudo...
Catatonico.
Guilherme Radonni
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