segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Catatonia

Começou assim,

Noite cai, a Lua engole o dia

E nós, bebemos a noite

Território de quem?

Nem somos daqui,

Tragamos as calçadas

Junto á inocência de quem já não a tinha

Rua cheia, asfalto vazio

Em quanto os copos transbordavam

Tabaco e cevada

Combustível inflamável dos jovens quase velhos

Cujo este que vós lhe escreve, pertencia sem exceção ou cláusula

Valsa urbana, eufórica e de três

Na verdade de quatro, mais a ultima não sabia dançar

Era pequenina, e podia ser esmagada pela catatonia

Individual de um coletivo de três.

Deitamos no concreto e assistimos a um palhaço que não ri

Enquanto nossa sombra fumava os olhares

O cansaço e o experimental.

Fizemos dos nossos versos, nosso próprio hino

E gritamos a insanidade da nossa transfiguração

No meio do improviso, do inexplicável

Do efeito sem álcool.

Por fim, esperamos os trilhos acordarem

Para podermos dormir,

Assistimos a manha acordar numa janela embaçada

Para que os olhos anoitecessem num sono improvisado

No final é tudo cena, é tudo filme

È tudo...

Catatonico.

Guilherme Radonni

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