quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Um causo...

É isso meu anjo, como as mentes de jovens de dezessete anos ao fim da linha se transporta para o adulto? A gente ta vendo tudo mudar. E a gente pode escolher se deixa rodar. Um texto talvez eu explique melhor o que quero te mostrar.
Ele chega com suas asas e diz que decide não mais voar. Há um reboliço todo entre os das asas já alongadas até o último, há reboliços até quem nem tem asas tão longas mas que sabe que voar era o que ele mais apreciava. Seus olhos não agüentam e sua face desaba ao entregar suas asas e dizer “to caindo fora, a vida veio em formas de muros”.
Um telefonema. Um ligar pra avisar sua amada que largou tudo e que eles vão fugir ao entardecer do outro amanhã. Ela desesperada topa fugir com aquele garoto sonhador, afinal, eles eram um só, era coisa de criança com criança, coisa de irmãos de leite.
O dia amanhece, era um dia branco, tão claro que os olhos cegavam ao olhar pro alto. Os dois se encontram e vão se despedir daquele outro lugar onde nasceram e passaram a maior parte de suas vidas. Depois de tudo apresentado para ir, os dois vão em direção a lugar nenhum junto com o não sei aonde. Mas ao anoitecer, chegam em uma fronteira, onde só pode passar para a outra cidade quem é anjo, pois esta é a forma segura do lugar manter a segurança dos moradores. Ao chegar no portão o guarda celestial pergunta:
- Pois não?
- Queremos passar, somos anjos [responde a garota]
- Você eu sei que é, mas e ele? Anjos tem asas!


Era um dia branco.
Eu odeio dias brancos !
Era o fim dos dezessete.
Eu odeio o fim.

PLIÊS.

Tábatta Iori [08.10]

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