Esse emaranhado que tenho no peito
Feito um labirinto sem saída
Me encurralou de novo
Nos nós dos meus próprios sentimentos
E me expôs ao avesso
Como o amor faz
Quando tira as mascarás
Daqueles que amam
Me deixou nu
Só com a alma e o coração
Até extrair do branco dos meus olhos
O sal que corroí a sombra
Das minhas próprias ilusões
Ah tempo, me ensina a remar
Com as ondas da vida
Sem deixar a ressaca do mar
Inundar meu cais
E ainda sim , mergulhar profundo
Se for preciso salvar o medo
Que afogou o sonho do peito
Sobre as marés da imensidão
E eu feito um peixe
Nadando contra a corrente
Brinco de me perder,
Só para reencontrar
Algo dentro de mim
Que eu nem sabia que estava lá
Como pérolas guardadas em ostras
Esperando para serem abertas
Como o coração de um menino
Que chora e ri ao mesmo tempo
Pescando a si mesmo
Nas águas do coração.
Guiel
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