Nada é inacabável, tudo se esgota.
Menos o tempo, o mesmo tempo
Que define a duração das coisas
As mesmas coisas,
Que mancham a memória
E depois evaporam.
Não quero contrariar os românticos
Não quero desmentir os lúdicos
E nem quero matar a eternidade
Mas o amor é perecível
Não o amor em si
Mas a percepção que temos dele
Acreditar na incondicionalidade
É iniciar o desgaste da essência
Depois disso a rotina faz o resto.
O problema é ter de agüentar
É enxergar os muros caindo
E só poder assistir
Isso dói mais que o fim
É uma auto mutilação sem intervalo.
Acho que o erro esta na concepção do homem sobre o amor,
Pois achamos que o amor une as pessoas
E as tornam um único ser, mas é impossível se tornar um
Quando se é dois, pois o abismo que se estende
Entre a minha complexidade e a do outro
Basta para um desassossego
E isso é como um vírus que se instá-la dentro do sentir
Contamina e devora tudo o que tem por dentro
E pra esse mal meu caro leitor,
Não há cura.
Você vai ficando louco, cego e embriagado
Tentei enxergar ao contrario
Mas tudo o que vi, foi a minha espera cultivando
O fim do meu amor pelas coisas.
Depois disso, o fim.
Belo texto Guilher!
ResponderExcluirmuito bem escrito.
grande bj
Cindy