Para mim estar em tribo
É poder estar nu de corpo e alma
Sem medo de ser julgado
Por ser quem você é
É sentir a igualdade
Mesmo sendo diferente
No corpo, na alma, na mente
E ainda sim se sentir pertencente
Dar as mãos e caminhar juntos
E mesmo seguindo seu próprio caminho
Aprender com o caminho do outro
Que outro? Se eu sou o outro você
No fundo somos todos um
Por de baixo dessa pele
Somos só alma e coração
Vindos da mesma terra
Mãe Gaia que nos pariu
Para sermos guardiões
Desse santuário feito de flores
Saberes e sabores
Que me atravessam por inteiro
Quando me abro para sentir
A vida que passa entre nós
Somos a semente dos nossos avós
Florescendo de novo
Para resgatar em nossos olhos
O verde das matas
E o sangue do nosso povo
Vermelho...feito urucum
E não importa de onde se veio
Por dentro, todo sangue é vermelho
Como a seiva que desagua
Do útero de cada irmã
Honro o espelho que cada mulher
Deusa, mãe, guerreira e menina
Revela para renascer
O feminino em cada ser
No meu masculino ferido
Aprendo a curar a mim mesmo
Enquanto o meu lado feminino
Compartilha essa cura com o mundo
Agradeço infinitamente
Por esse entrelaçamento quântico
Encontros de alma
Que são portais a nos relembrar
Da tribo que somos
E ainda seremos
Pois levo no peito
A união de cada tribo
Guiel Aguiar
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