Serpentes e Jaguares
Que se misturam numa dança
Feita de dor e amor
Entre águas tão raras
Que abraçam nossa história
Tão distante e tão perto
Numa viagem pelo México
Desbravando novos caminhos
Que vão além do medo de amar
Curando feridas que o tempo
Marcou em nosso peito
Como ruínas feitas de pedra
Escondidas em uma selva
Só para nos ensinar
Que o amor cura tudo,
Que o amor cura o mundo
Mas para isso... é preciso coragem
Para tirarmos nossas armaduras
E sermos de novo vulneráveis
Sem deixar de ser inteiro
E poder chorar como criança
Para limpar os nossos olhos
E enxergarmos um ao outro
Acreditando nos sonhos que brotam
Quando seguro tua mão
Ainda estou tentando encontrar
No silêncio e no vazio
O som da tua voz dentro de mim
Canta menino, canta
E me abraça para eu dormir
Mesmo que eu não esteja ao teu lado
Na hora que em que você despertar
Pois o vento me levou
De volta ao meu lugar
Não sei o que faço com o que sinto por você
Pois é maior do que cabe no meu coração
Então entrego ao santo mar
Nos braços da Sereia,
Nas mãos de Iemanjá
Junto com aquele cristal
Que guardava um fio da vida
Entre corais lembro de ti
Enquanto as ondas nos separam
Para vivermos nossas vidas
Barcos que remam
Cada um para uma direção
Ainda sim te amo em silêncio
Numa ilha de milagres
Onde pássaros brancos
Entregam suas penas
Para abraçar dentro de nós
O ultimo por-do-sol.
Guiel